Nosso Turismo

São Simão “O VALE DA SAÚDE”, possui uma identidade única no cenário regional, estadual e nacional e esta imagem é comprovada por fatos e documentos históricos como o “BERÇO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA” e “TERRA DE MARCELO GRASSMANN”.

Com uma área de 617.253 Km² e uma população de 15.225 habitantes (estimativa do IBGE 2017), São Simão esta localizada à nordeste do Estado de São Paulo. Há 282 Km de distância da capital, encravada entre morros possui vastas e belas paisagens naturais assim como uma longa e bela história que se confunde com a do estado e a da própria nação.

São Simão se destaca pela qualidade de vida, pela cultura e paisagens naturais, na indústria a produção de agua, argila branca, areia, jeans, poliestireno e moveis de escritório. Na agricultura a cana de açúcar e o reflorestamento para celulose e agricultura de subsistência.

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Regulamento Eleição Conselho Municipal de Cultura

Morro do Cruzeiro

O Morro do Cruzeiro é parte integrante da paisagem de São Simão com aproximadamente 1.000 metros de altitude, ponto turístico onde pode-se avistar toda a cidade, o vale e a região. Possui o monumento Cruzeiro com 40 metros de altura, e ainda que não fique no ponto mais alto da serra, a vista dali é belíssima sendo que durante a noite a cruz é iluminada por holofotes dando a ideia de que ele está pairando no ar.

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Para se chegar ao local, existe estrada totalmente asfaltada sendo que ao lado, o viajante poderá observar as estações da via sacra e anualmente, durante a semana santa, é feita procissão percorrendo as estações onde os fiéis sobem a montanha.

A Serra de São Simão (Morro do Cruzeiro) é muito procurada para a prática de Trekking (Caminhadas), Ciclo Aventura, Voo Livre, Passeios de Off Roads e Motociclistas, Observação de Pássaros e contemplação da natureza.

Parque e Bosque Municipal - Joaquim Procópio de Araújo Carvalho

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Localizado na rua Aníbal Pires, nº 205 – Bairro Vila Monteio

Com uma área de 82.000 m², o Bosque Municipal de São Simão já abrigou no passado um zoológico que acabou com o passar dos anos. Era visitado por crianças que literalmente lotavam os trens que partiam de Ribeirão Preto e Tambaú com destino a nossa cidade.

Com o fim do zoológico ficaram as frondosas árvores, o lago, a piscina e estátuas.

Encontra-se em reforma através dos recursos vindos com a condição de Município de Interesse

Parque Ecológico Mário Covas - Bento Quirino

Localizado na rua Nicaraguá, s/n – Bento Quirino

Com uma área de 158.534m², está localizado no Bairro de Bento Quirino, o abriga um Centro de Educação Ambiental, Quadra Esportiva, Campo de Futebol, Pista de Caminhada, Lagos, Ciclovia e Academias ao Ar Livre.

Prainha do Tamanduá

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Localizado na Rodovia Dr. Chaffy Jorge, Km 5,5.

Com uma área de 115.000m² é de propriedade pública, sendo aberta a visitação, tendo como uso atual para recreação e lazer. O local possui praia fluvial com areia branca e águas cristalinas, possuindo áreas para churrasco, lazer e banho de sol.

 

Prainha Recanto Fortaleza

Localizado na Rodovia Dr. Chaffy Jorge, Km 6.

Próxima a Prainha do Tamanduá é de propriedade particular e aberta ao público com cobrança de uso em média de R$5,00 a R$10,00 por pessoa, possui quiosques para churrasco e mesas dentro da água.

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Trilha do Horto

Existem duas trilhas dentro do Horto Florestal de Bento Quirino:

Trilha do Pequi: 1 km dentro do Cerrado com informes sobre o bioma local, ideal para a educação ambiental e para a melhor idade.

Trilha do Horto: 6 km para aqueles que gostam de caminhar e contemplar as várias paisagens do local.

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Trilha do Dioguinho - Trekking

Localizada no Morro do Cruzeiro com 7 quilometros de extensão é de nível intermediário, seu ponto mais alto atinge aproximadamente 1.000 metros de altitude, com locais encantadores e mirantes que proporcionam uma vista espetacular sobre a cidade e toda região.

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Terra de Marcelo Grassmann e João Butoh

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Marcelo Grassmann (São Simão, São Paulo, 1925 - São Paulo, São Paulo, 2013). Gravador, desenhista, ilustrador, professor. Estudou fundição, mecânica e entalhe em madeira em São Paulo, entre 1939 e 1942. Passou a realizar xilogravuras a partir de 1943.

 

Em 1978, a casa em que nasceu, em São Simão, foi transformada em museu, por iniciativa da Secretaria de Cultura, Ciência e Tecnologia de São Paulo, e tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo - Condephaat no mesmo ano. 

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João Roberto de Souza, ou simplesmente João Butoh, é ator, bailarino, coreógrafo, figurinista, professor, jornalista, mestre de butoh e um criador incansável, que ama o que faz e vive de acordo com o que acredita, transformando vida e arte em uma mesma coisa. É fundador e diretor da Ogawa Butoh Center, onde desenvolve espetáculos autorais de grande beleza e profundidade. João é reconhecido como um dos grandes nomes do butoh no mundo e o maior expoente na América Latina e leva o nome de nossa cidade para os quatro cantos do nosso planeta. Cidadão atuante, participa de vários movimentos e associações em São Simão, entre eles o CONTUR e também Fundou e coordena o Grupo DELIRIUM TEATRO DE DANÇA, 
 

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DELIRIUM Teatro de Dança

Fundado no ano de 1986, o trabalho do DELIRIVM tem se desenvolvido por meio de pesquisa e experimento. Vanguarda sem vanguardismos, a busca do novo sem cair no óbvio, uma linguagem contemporânea ligando a dança ao teatro, o teatro a dança, buscando no simples os movimentos mais perfeitos, a qualidade do movimento, a síntese da arte. Buscando uma outra potência, usar o corpo sem ser usado por ele, as palavras quase sempre são desnecessárias, pois os gestos estão concentrados em atingir a sensibilidade e não o intelecto. Acredita-se numa linguagem plástica onde o teatro é visual, composto por forma e ação, onde ambos se completam. Tentando fazer uma fusão de tudo: mímica, teatro, dança ( as mais variadas técnicas ) artes plásticas, figurinos, etc... Com várias premiações em festivais de dança como o de Joinville - SC, o do Triângulo - Uberlândia - MG e outros festivais importantes do país, além de participações especiais em eventos, festivais de artes cênicas e espetáculos.

O DEIRIVM é o grupo pioneiro no Brasil a trabalhar só com atores idosos. MULIERIBUS foi o primeiro espetáculo, premiado no Mapa Cultural Paulista Regional - Modalidade Teatro - com 4 prêmios, além de participar em eventos de Artes Cênicas.

Fundado no ano de 1986, o trabalho do DELIRIVM tem se desenvolvido por meio de pesquisa e experimento. Vanguarda sem vanguardismos, a busca do novo sem cair no óbvio, uma linguagem contemporânea ligando a dança ao teatro, o teatro a dança, buscando no simples os movimentos mais perfeitos, a qualidade do movimento, a síntese da arte. Buscando uma outra potência, usar o corpo sem ser usado por ele, as palavras quase sempre são desnecessárias, pois os gestos estão concentrados em atingir a sensibilidade e não o intelecto. Acredita-se numa linguagem plástica onde o teatro é visual, composto por forma e ação, onde ambos se completam. Tentando fazer uma fusão de tudo: mímica, teatro, dança ( as mais variadas técnicas ) artes plásticas, figurinos, etc... Com várias premiações em festivais de dança como o de Joinville - SC, o do Triângulo - Uberlândia - MG e outros festivais importantes do país, além de participações especiais em eventos, festivais de artes cênicas e espetáculos.

 

O DELIRIVM é o grupo pioneiro no Brasil a trabalhar só com atores idosos. MULIERIBUS foi o primeiro espetáculo, premiado no Mapa Cultural Paulista Regional - Modalidade Teatro - com 4 prêmios, além de participar em eventos de Artes Cênicas.

 

Menção Honrosa na eliminatória regional do Mapa Cultural Paulista - Modalidade Dança tendo sido Convidado Especial na final que foi realizada no Teatro Sérgio Cardoso em São Paulo.

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No XXVI Festival de Teatro Amador do Estado de São Paulo da COTAESP, realizado em Santos-SP em janeiro de 1998, teve indicações para 7 prêmios: Melhor Coreografia, Melhor Figurino, Melhor Cenografia, Melhor Trilha Sonora, Melhor Adereço, Melhor Iluminação, Melhor Direção. 5 prêmios conseguidos: Melhor Trilha Sonora, Melhor Adereço, Melhor Iluminação, Melhor Direção (unânime do Júri) e Prêmio Especial do Júri. Convidado para o Festival Internacional de Teatro de Montevidéu - Uruguai, do 2. Uni Modern Dance Festival em Kaiserslautern e Tanz International’98 em Heidelberg - ambos na Alemanha.

 

Em 2011 recebeu premiação do Programa de Ação Cultural - “Concurso de Apoio a Projetos de Circulação de Espetáculo de Artes Cênicas para Artistas Residentes em Municípios com 50 Mil Habitantes ou Menos no Estado de São Paulo” – Secretaria de Estado da Cultura.

 

Em 2012 recebeu o Prêmio Teatro em Hortolândia 2012 – Hortolândia-SP

​João Roberto de Souza

João Roberto de Souza, ou simplesmente João Butoh, é ator, bailarino, coreógrafo, figurinista, professor, jornalista, mestre de butoh e um criador incansável, que ama o que faz e vive de acordo com o que acredita, transformando vida e arte em uma mesma coisa. É fundador e diretor da Ogawa Butoh Center, onde desenvolve espetáculos autorais de grande beleza e profundidade. João é reconhecido como um dos grandes nomes do butoh no mundo e o maior expoente na América Latina e leva o nome de nossa cidade para os quatro cantos do nosso planeta. Cidadão atuante, participa de vários movimentos e associações em São Simão, entre eles o CONTUR e também Fundou e coordena o Grupo DELIRIUM TEATRO DE DANÇA, 

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Folia de Reis

O Festival com as Companhias de Reis (grupo de músicos e dançarinos) que cantam músicas referentes ao evento, as conhecidas festas da Folia de Reis.
 
 

 

Trilha do Dioguinho

#VocêSabia Trilha do Dioguinho

Considerada de nível médio, ela conta com 7.100 metros de extensão, incluindo a subida pela trilha em meio à mata, além da descida de retorno pelo asfalto.
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✅O intuito é incentivar e promover a educação por meio da conscientização ambiental, ser uma atividade física e de recreação em contato com a natureza, promovendo assim, o turismo ecológico simonense. 


✅ 🌳 Entre os atrativos turísticos estão o centenário Pau D’Alho e as paineiras locais considerados verdadeiros mirantes naturais com vista panorâmica da cidade, além do Cruzeiro que já foi considerado a maior cruz em concreto armado do Brasil.
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🥾A trilha foi sinalizada com as orientações do Sistema Brasileiro de Trilhas com pegadas amarelas.

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Caminho da Fé

São Simão faz parte da Rota do Caminho da Fé - Ramal Padre Donizete.

Com o objetivo de incentivar o turismo na região através do turismo religioso, a Associação dos Amigos do Caminho da Fé, em parceria com os municípios que compõem o ramal, criaram um plano estratégico que pretende aumentar o fluxo de peregrinos na região.

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O Caminho da Fé é um trajeto de peregrinação brasileiro inspirado no Caminho de Santiago de Compostela (Espanha).

Inicialmente feito por alguns peregrinos em direção ao Santuário de Aparecida, em uma rota alternativa a outras, predominantemente, pavimentadas, a rota foi oficializada, em 2005. Atualmente há diversos caminhos até Aparecida, com saídas partindo dos municípios de CravinhosSão SimãoSanta Rosa do ViterboSão CarlosDescalvadoTambaúÁguas da Prata, Franca, Borborema, Guaxupé MG. O trajeto mais longo tem 742 km saindo de Borborema e o mais curto, partindo de Paraisópolis, tem 134 km.

O Caminho da Fé é uma rota sinalizada por setas amarelas e composto por trechos de estradas de terra, asfalto, trilhas dentro de fazendas e trilhos de trem compondo um percurso de cerca de mais de 700 km, incluindo municípios do estado de São Paulo e também do Estado de Minas Gerais.

 

 

 

História de São Simão

Breve Resumo Histórico

A data da Emancipação Política ocorrida em 22/04/1865, pela Lei nº 75, da Província de São Paulo que criou o município de São Simão, sendo a sua data de fundação o dia 28/06/1824 e o dia 28/10 como a data comemorativa do aniversário devido à tradição e homenagem ao martirológico de São Simão Apostolo, padroeiro da cidade.

São Simão hoje tem cerca de  15.041 habitantes (população estimada do IBGE 2014).

Chegou a ter 30.000 habitantes no século XIX o que a fez ser a segunda maior cidade do estado.

Clima privilegiado em virtude das serras que a cercam. Água potável e

cristalina é encontrada em abundância, o que a faz ter potencial para estância hidromineral, climática e/ou turística.

Segundo a lenda, São Simão teria surgido após bandeira de sertanista Simão da Silva Teixeira no início do Século XIX, o qual é desmistificado pelos documentos encontrados que datam o surgimento de nossa cidade na segunda metade do século XVIII.

Surgido como Sesmaria – terras arrendadas pela igreja e que preparavam os residentes (índios) para a colonização, recebeu inúmeras bandeiras, o que a teve transformado em vila e posteriormente desenvolveu sua história como consta nos documentos.

São Simão teve o seu próprio Banco, como teve sua própria usina elétrica, suas estradas de ferro e sua empresa telefônica, São Simão teve no passado grandes homens com grandes iniciativas e atraiu inúmeros imigrantes como colonizadores:

  • Alemães – que trouxeram a fundição de metais a arquitetura e a engenharia de construção das casas, das quais, muitas ainda permanecem de pé, como a Casa de Cultura Marcelo Grassmann que possui acervo valioso de gravuras do artista simonense, considerado como um dos melhores do mundo em sua técnica e o Teatro Carlos Gomes – com características de Teatro de Ópera, que abrigou inúmeras companhias de Ópera que por aqui se apresentavam frequentemente.

  • Italianos – que vieram para trabalhar na lavoura do café, substituindo a mão escrava.

  • Ingleses – trouxeram centenas de utensílios e construíram as estradas de ferro que escoavam a safra do café. São Simão chegou a ter quatro ferrovias distintas.

Além destes, nossa cidade também recebeu Norte-americanos, Libaneses, Portugueses, Franceses e Japoneses.

São Simão é também conhecida por ter sido o Berço da Proclamação da

República, pois em 31 de janeiro de 1.888, a Câmara Municipal de São Simão, propunha a extinção da monarquia e anulava a formação do 3° império.

São Simão passou por três epidemias de febre amarela, 1.896/1.898/1.902 e por uma epidemia de varíola em 1.887. Esse advento, fez com que as sedes de fazenda e suas pequenas vilas de colonos, recebessem uma quantidade maior de moradores em sua redondeza, isso fez com que surgissem pequenas vilas que se transformaram mais tarde em Capelas.

São Simão tem muito orgulho, em poder ter dado vida a cidades de nossa região: Cravinhos, Santa Rosa de Viterbo, Serrana, Sertãozinho, Ribeirão Preto, Pontal, Dumond, Guatapará, Serra Azul, Barrinha, Santa Rita do Passa Quatro e Luiz Antônio.

O Caminho de Goyazes e as Sesmarias 

Até o inicio do século XVIII, a região nordeste do estado de São Paulo praticamente era habitada apenas pelos índios Caiapós.

Com a descoberta de ouro em Goiás por volta de 1.720, os bandeirantes paulistas passaram a desbravar o sertão nesta direção. O trajeto aberto facilitou o acesso para várias pessoas que ficavam nos pousos, constituíam famílias e plantavam roças para sobreviver.

Com o reconhecimento oficial, o trajeto passou a ser conhecido como “O Caminho de Goyozes”. O movimento de ocupação foi norteado conforme a existência de solo fértil e também pela presença do comercio que viabilizava os mercados consumidores. Este caminho passava pela região de Tambaú com direção a Cajuru e Franca.

A ocupação de terras por posseiros e a fixação das famílias levou a Coroa Portuguesa a promover um mínimo de administração o que proporcionou a instituição das Sesmarias. 

Desbravadores colonizam a região 

Em que pese à instituição das Sesmarias pela Coroa Portuguesa a ocupação da região continuou desorganizada e irregular. No final do século XVIII e começo do século XIX, a região nordeste do interior de São Paulo começou a ser ocupada por alguns sesmeiros e por posseiros do sul de Minas Gerais e paulistas da região de Campinas e Mogi Guaçu. Estes pioneiros vinham à procura de terras latas e campos para criação de gado.

Por volta de 1.800, quando por aqui chegou Simão da Silva Teixeira, relatos de historiadores dão conta que já existia um pequeno povoado com nome de Tamanduá. 

Inicio do Povoado de São Simão

Como a maioria dos municípios paulistas para o surgimento de São Simão, além deste processo expansionista, contribuiu a crença religiosa dos seus primeiros habitantes.

São Simão é fruto de uma promessa feita pelo sertanista mineiro Simão da Silva Teixeira, que se desviando da rota traçada embrenhou-se num matagal então existente na região. Ali se perdeu e desesperado prevendo a morte, prometeu a construção de uma capela para abrigar uma imagem de São Simão, seu santo protetor. 

Simão da Silva Teixeira cumpre a promessa 

Simão da Silva Teixeira conseguiu achar a saída e, chegou num pequeno povoado onde cumpriu a promessa e em 1824, foi colocada a pedra fundamental da primeira capela. Data que o município escolheu como o inicio histórico do município de São Simão.

Devido a falta de meios de transporte e de comunicação, a formação de um povoado era difícil e lento. Percorrer o vasto sertão era tarefa árdua, as dificuldades de locomoção e comunicação eram intensas, numa época em que o transito era feito no lombo de cavalos e mulas por trilhas precárias.

Simão da Silva Teixeira trouxe de Minas Gerais, seus familiares, agregados, escravos e amigos. Trouxe consigo a imagem do santo protetor. Estava dado o passo decisivo para o povoamento de São Simão. 

Povoado de São Simão se desenvolve

O começo do desenvolvimento de São Simão fundamenta-se neste processo religioso, expansionista e na ocupação territorial que aconteceu na primeira metade do século XIX.

Famílias para cá se dirigiam à procura de terras. A crescente demanda pelo acesso a terra no começo do século XIX expõe uma questão com relação a regulamentação da posse das terras.

Com a independência do Brasil em 1822 ficaram proibidas as doações das Sesmarias. Começou então o processo de regularização das posses de terras e o fundamento jurídico do direito de propriedade.

São Simão passa a categoria de Capela Curada

No Império a Igreja era unida ao Estado, isto é, a religião católica era a religião oficial e quando um povoado subia na esfera eclesiástica, subia também na escala politica administrativa.

Em 14 de maio de 1.835 foi expedida a provisão eclesiástica e, o povoado, é elevado à categoria de Capela (Provisão).

Capela ou Curado ou Capela Curada, era a designação religiosa de uma divisão territorial, era a região que ficava sob a administração espiritual de um Cura (Padre), a quem cabia o direito de administrar sacramentos.

Distrito de São Simão

Em 1.841, Casa Branca que antes pertencia a Mogi Mirim, tornou-se município e passou a ter jurisdição sobre São Simão. Em 1.842, São Simão foi elevado a categoria de Distrito de Paz e no religioso passou a ser “Freguesia”, tornando-se uma paroquia. Além do casamento, também passaram a ser feito o registro das terras.

Em 1.849, com 80 anos, morreu um dos principais percussores  de São Simão. O velho Simão deixou em testamento um legado enorme de doações, principalmente para a igreja. No ano de 1.850, pela Lei nº 16 de 10 de junho, foi criado a primeira escola dedicada às primeiras letras para o sexo masculino.

Fundação Oficial da Vila de São Simão 

Pela Lei nº 75, de 22 de abril de 1.865, a Freguesia de São Simão se desligou de Casa Branca e, tornou-se Vila, superando muitas povoações, que ficaram estagnadas na condição de Capela.

O município de São Simão estava criado, mas ainda continuava subordinado a de Casa Branca. Para se efetivar o desmembramento, tornava-se necessário proceder-se à eleição dos vereadores que iriam compor a nova Câmara Municipal.

A eleição efetuou-se somente em 7 de outubro de 1.866. Um ano e meio depois da criação do município onde votaram 3.167 eleitores.

Emancipação Politica 

Em 13 de novembro de 1.867, numa quarta feira, os sete vereadores eleitos formaram o primeiro Legislativo da Vila de São Simão. Perante o Presidente da Câmara, o Capitão Gabriel de Souza Diniz Junqueira, eles prestaram julgamento.

Enorme, São Simão compreendia todo o território onde hoje se localizam os municípios de Ribeirão Preto, Sertãozinho, Pontal, Dumont, Guatapará, Barrinha, Serra Azul, Cravinhos, Luiz Antônio, Santa Rosa de Viterbo e Santa Rita do Passa Quatro.

 

São Simão e a Proclamação da República no Brasil

O país todo vinha sendo agitado desde muito anos por ideais republicanos, e com o crescente numero de simpatizantes, houve necessidade de reunir todos esses entusiastas num partido político. Assim a 3 de dezembro de 1870 era fundado o “Partido Republicano”.

Nas diversas cidades do interior de São Paulo e de outras Províncias os adeptos da República se organizavam e formavam o “Club Republicano” que era o ponto de reunião e centro de propaganda.

Para coordenar melhor o movimento republicano, o “Partido” sentiu que havia necessidade de um melhor entrosamento de ação dos diversos clubes, e para isso resolveu convocar uma grande convenção partidária.

Várias cidades estavam em condições de ser a sede dessa convenção, entre elas, Campinas, Jundiaí, Itu e Piracicaba. Como em Itu ia haver a inauguração de uma estrada de ferro e “para aproveitar os festejos da inauguração da Linha Férrea Ituana e por ser mais acessível aos convencionais, em maior numero daquela zona”, foi escolhida aquela cidade para a realização da Convenção que se deu a 18 de Agosto de 1873.

Essa Convenção que por acaso se realizou em Itu e ficou conhecida como “Convenção de Itú”, foi apenas uma reunião de republicanos com o fim de orientar a propaganda e instruir os clubes na maneira de agirem.

São Simão também se deixou empolgar pela idéia republicana e em 6 de Fevereiro de 1885 organizava aqui o Partido Republicano, em reunião presidida pelo grande republicano General Francisco Glicério, conforme consta na Ata de instalação do “Partido Republicano de São Simão”. Estava organizado o “Partido Republicano de São Simão”, com sede no Club Republicano, situado onde hoje esta a Prefeitura Municipal, à Rua Rodolfo Miranda, onde compareciam a miude, os propagandista da república fazendo conferencias.

No Club Republicano, além das reuniões partidárias, funcionava também uma escola primaria (diurna e noturna) denominada “Lyceu Republicano”. Os alunos usavam uma blusa vermelha como uniforme e na cabeça um barrete vermelho mais ou menos igual do barrete frigio da revolução francesa.

Os simonenses não se limitaram somente a trocas de idéias e propaganda como vinham sendo feito em diversas cidades e como foi em Itu. Foram muito além da conversa; passaram da palavra à ação.

No dia 31 de Janeiro de 1888 o Vereador Manoel Dias do Prado apresentou na Câmara Municipal a Indicação que vai adiante transcrita, pedindo a revogação do art. 4º da Constituição do Império que dizia: “A dinastia imperante é a do Senhor D. Pedro I, atual Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil”.

Indicação

“Indico que esta Câmara represente à Assembléia Legislativa Provincial sobre a conveniência d’esta por sua vez dirigir-se a Câmara dos Deputados solicitando a convocação de uma Assembléia Constituinte afim de serem revistos o art. 4° da Constituição do Império e todos os que a elle se referem de conformidade com a autorização do art. 174 da mesma Constituição. Sendo todos os poderes delegações da nação (art. 12) e limitados como são a sabedoria e a previsão humanas, só a nação Brasileira devida e legalmente representada por uma Assembléia Nacional, tem competência para manter ou retirar o mandato, conferido em 1824 aos depositários do poder moderador e do poder executivo. O Brasil de 1888 não é mais a Nação embryonaria da época da promulgação da Carta Constitucional. As gerações que se tem succedido as phases políticas que tem atravessado, os elementos novos que se tem assimilado ao elemento positivo, a iminente redempção total dos captivos, a organização do trabalho livre e educação do povo e o progresso industrial, transformarão a jovem Nação que quebrara então os grilhões coloniais, após mais de meio século de evolução em uma pátria nova com outras aspirações que erão as que podião caber na precizão do legislador de 1824. A prova desta propozição esta nas manifestações que surgem em várias Províncias que procurão reagir contra a centralização, política e administrativa que decorre da carta de 1824 e do acto addcional de 1834. Os próprios poderes públicos tem tacitamente reconhecido que a Constituição não satisfaz presentemente as aspirações Nacionais, promulgando leis, qual de n.º 3.029 de 9 de Janeiro de 1.881 com manifesta ifracção do art. 178 do pacto fundamental. Indica, pois, que a Câmara Municipal de São Simão, trilhando o caminho constitucional e certa de que interpreta o sentimento de seus munícipes e de todos os cidadãos que se interessão pelo engrandecimento do Brazil, manifesta o desejo de ser consultada a Nação cerca da dispozição do art. 4.º da Constituição, o que está contido em suas attribuições ex-vi do art. 58 de sua lei orgânica, a de 1 de Outubro de 1828.”

Salla das Sessões, 31 de Janeiro de 1888.

Manoel Dias do Prado

Sobre a Indicação acima oficiou-se ao Exmo. Sr. Secretario da Assembléia Provincial para levar ao conhecimento da Assembléia. Os Srs. Vereadores Aleixo Jozé da Silva vencido, Manoel Dias do Prado, Zeferino Carlos da Silveira, Luiz Antonio Junqueira, Clementino Jozé de Paula, Arthur da Silva Bellem vencido”. (L.A. 2, fl. 170v. 171).

A Indicação foi aprovada pela maioria dos Vereadores, o que equivale dizer que era uma Câmara Republicana dentro do Império.

A atitude de São Simão desagradou e irritou as autoridades imperiais que, imediatamente tomaram providências no sentido de castigar os Vereadores republicanos revoltosos de São Simão, suspendendo-os do exercício da vereança, convocando outros Vereadores para substitui-los.

Os Vereadores ficaram suspensos de 20 de Março a 31 de Agosto de 1888, quando foram reintegrados por sentença judicial.

A atitude de São Simão repercutiu na Província de São Paulo e em outras como uma verdadeira bomba. Era um autentico grito de republica, pois propunha a extinção da monarquia e anulava a possibilidade da formação do 3.º Império que se delineava com a colocação da Princesa Isabel (casada com um estrangeiro) no trono do Império do Brasil.

Fazer propaganda da república era uma coisa, mas ter a “coragem cívica”, a audácia de pedir a mudança da forma de governo em pleno regime autoritário e forte da monarquia era coisa muito diferente.

Poderá haver quem queira diminuir ou desmerecer a atitude corajosa dos Vereadores de São Simão, considerando-a como uma atitude platônica, que não passou apenas de um simples pedido e não houve sangue. Mas não!

Se ponderarmos bem como era o regime monárquico, duro e absoluto, ou quase absoluto, tendo como Presidente do Conselho o então forte e autoritário Barão de Cotegipe, veremos que foi uma atitude corajosa, varonil e desassombrada, a qual, segundo personalidade da época, foi:

“a mais ardente expressão dos denodados representantes do povo de São Simão cuja municipalidade foi a primeira na Província de São Paulo que teve a coragem cívica de pedir a reforma da carta outorgada por D. Pedro I, e a extinção da monarquia”.

Ninguém melhor do que o grande chefe republicano, Rodolfo Miranda (Senador), que tomou parte ativa no movimento, para contar o que foi esse movimento iniciado aqui em São Simão, conforme declarações prestada por ele ao jornal “A Noite” do Rio de Janeiro, a 14 de Novembro de 1939, por ocasião do cinqüentenário da Proclamação da Republica:

“O ponto capital da propaganda republicana foi, no seu modo de entender, o movimento das Câmaras Municipais paulistas quando resolveram pedir que se consultasse à Nação sobre a forma de governo que se devia dar ao Brasil. Essa iniciativa partiu da Câmara de São Simão, na qual os republicanos tinham maioria. Foi sem dúvida um ato revolucionário.

O episódio de São Simão foi conseqüência de entendimento prévio com Quintino e só se verificou depois de sua aprovação e dos chefes paulista. Foi portanto, uma atitude conspiratória nas suas origens e revolucionária nos seus resultados. Pode-se afirmar, sem temor, que data daí o enorme desenvolvimento que teve em São Paulo a causa da República”.

Entre as muitas manifestações de Câmaras Municipais tomadas depois e a exemplo da de São Simão, todas pedindo a revogação do art. 4.º da Constituição de 1824, Pode-se destacar as seguintes: A de São João da Boa Vista em 06/02/1888 quando 3 vereadores apresentam Indicação nos mesmos termos da de São Simão e que foi comentada por Teófilo de Andrade em o seu livro “Subsídios à História de São João da Boa Vista”:

“A sessão histórica de São Simão realizou-se a 31 de Janeiro de 1888. Aqui em São João, na sessão de 6 de Fevereiro de 1888 ocorreu idêntico feito, já lembrado há anos em uma das Folhas locais”.

Em Itatiba, na sessão de 15 de Fevereiro de 1888 foi apresentada Indicação igual à de São Simão, tendo também seus Vereadores ficado suspensos mais tarde.

Em Itu, também a 15 de Fevereiro de 1888 dois Vereadores apresentam Indicação igual, o que vem demonstrar que São Simão fez o movimento antes do que Itu.

Em Campinas, a 26 de Fevereiro de 1888, durante uma conferência republicana feita por Silva Jardim, Francisco Glicério apresentou e foi votada “uma moção dando inteira adesão ao movimento iniciado pelas Câmaras Municipais do Brasil” (movimento esse iniciado em São Simão).

São Vicente também logo aderiu pedindo a revogação do art. 4.º. E a 11 de Agosto de 1889 (1 ano e 7 meses depois de São Simão), houve em São José do Rio Pardo um movimento popular com repressão policial, da qual resultou algumas pessoas saírem feridas.

O Senador Rodolfo Miranda em suas declarações ao jornal “A Noite” do Rio de Janeiro, contava:

“A 15 de Novembro de 1889 eu me encontrava em São Simão, onde recebi, a noite, um telegrama de Aristide Lobo nos seguintes termos: A República proclamada. Proclame-a aí. Pela manhã do dia seguinte saí muito cedo de minha fazenda (Aretuzina), a uma légua de distância, para São Simão, e logo convoquei o povo para a praça pública e aí, às 9 horas, depois de um bom discurso exaltando o novo regime, cumpri as ordens de Aristides, isto é, proclamei a República nesse rincão paulista, noticia essa que foi acolhida debaixo dos mais delirantes aplausos, tendo aderido ao movimento a Força Policial destacada ao município, com o respectivo comandante”

Fonte: Revista Comemorativa do 139º Aniversário de São Simão – 1974

 

Ata da Primeira Reunião da Câmara Municipal

A Câmara Municipal e sua primeira Ata da Reunião Popular deste Município realizada aos 16 de novembro de 1889 – 1ª da República Brasileira.

Reunidos os cidadãos abaixo-assinados, residentes neste município, na Sala da Câmara Municipal desta Vila de São Simão, aos 16 de novembro de 1889 e sendo aclamado e aceito presidente desta Assembleia o cidadão doutor José Júlio Viana Barboza, este em seguida tomou assento e depois de ter convidado para secretário o cidadão doutor Américo Freire, fez ver que o motivo desta reunião era para o fim de se constatar que este município aderi à Proclamação da Republica Brasileira feita ontem na cidade do Rio de Janeiro sendo de necessidade notória constituir-se já um governo local, propôs que se elegesse um Triunvirato (associação política formada por três homens em pé de igualdade) com poderes ditatoriais para reger o município até que o governo central nomeie as autoridades definitivas, autoridades policiais e judiciais exceção feita porém, dos empregados da Fazenda Nacional, os quais continuarão no exercício de suas funções até ordem superior; ficando outrossim o Governo Provisório, digo, o Triunvirato com poderes de marcar as autoridades que as circunstâncias exigirem.

Em consequência de que ficou exposto o Presidente, depois de haver oferecido a palavra aos cidadãos presentes que quiseram fazer quaisquer considerações a respeito e não sendo ela pedida por nenhum dos cidadãos presentes,

convido-nos a fazer-se a eleição do aludido Triunvirato. Sendo proposto pelo cidadão Pedro Rezende que ela se fizesse por aclamação, apresentou este cidadão em seguida esta proposta, que foi unanimemente aceita: Presidente Rodolpho Miranda e membros Manoel Dias do Prado e doutor Americano Freire.

Em seguida, porém, pediu a palavra o cidadão Rodolpho Miranda e ponderou que atenta a urgência que há e por não estar presente o cidadão Manoel Dias do Prado, entendia a conveniência ser este cidadão substituído por outro e propôs para preencher este lugar o cidadão José Carvalho Leme, o que foi aceito.

E por nada mais havendo a tratar o Presidente declarou encerrada esta sessão e lavrou-se a presente ata que vai assinada pelo presidente e eu secretário que a escrevi e bem assim os cidadãos presentes, depois de competentemente aprovada. Sala da Câmara Municipal desta Vila de São Simão, 16 de novembro de 1889 – 1ª· da República. Doutor José Gulio Vianna Barboza – Presidente Doutor Brasileiro Americano Freire – Secretário.

Observação: esta ata foi assinada por vários cidadãos entre eles Rodolpho Miranda, Martin Grasmmam e Diogo da Silva Rocha (Dioguinho).

 

Revolução Constitucionalista de 32

 

O que foi a Revolução de 32

Em 1.930 Getúlio Vargas chega ao poder após um movimento revolucionário que derrubou o presidente eleito Washington Luiz. Com Getúlio no poder, a antiga ordem política é dissolvida. A constituição republicana feita passa a não mais valer.

O novo presidente decide governar de maneira ditatorial. O Estado de São Paulo, através de sua elite cafeeira não se conforma com o ocorrido e decide exigir uma constituição para o Brasil. Getúlio não poderia, no entender da elite paulista, governar sem uma lei maior, lei esta que deveria dizer quais eram os seus poderes, quais seriam os do Congresso, etc. Em síntese, o Estado de São Paulo não queria uma ditadura.

Em maio de 1.932 mais e mais manifestações surgiam na capital exigindo uma constituição e democracia. No dia 23 daquele mês a polícia reprime violentamente os manifestantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo morrem exigindo liberdade para o Brasil. Estoura a revolução constitucionalista (M.M.D.C.) no dia 09 de julho de 1.932. O governador paulista Júlio Prestes e o interventor decidem enfrentar as forças federais que eram muito superiores.

Uma imensa campanha dentro das fronteiras paulistas consegue arrecadar ouro para a compra de armas, bens são entregues para a campanha militar e dinheiro "paulista" é impresso para servir de moeda corrente. Batalhões são formados às pressas. Cerca de 40.000 homens, mulheres e crianças pegam em armas para enfrentar as tropas de Getúlio.

Os soldados Simonenses

São Simão participou da luta armada com um grande número de combatentes voluntários (ver nome dos Soldados Constitucionalistas Simoneneses no quadro abaixo).

 

Essa tropa incorporou-se no Batalhão Cap. Saldanha da Gama, antigo Batalhão de Assalto da Força Publica, que estava transformado em uma verdadeira legião estrangeira, por ser constituído por unidades variadas, pertencentes a diversos corpos, sob o comando do Cap. Reynaldo Ramos Saldanha da Gama, homem de largo conhecimento da vida militar, que recebeu os garotos de São Simão, que a primeira vista, dava a impressão de um grupo de estudantes, sem saber o que fazer com eles. Quando um dos voluntários, servindo de porta voz da turma, e percebendo que o Comandante não estivesse acreditando no valor daquela gente, falou que ali estavam para lutar e pediu par a que fossem enviados para o front mais perigoso, onde a luta estivesse acirrada. Comandante Saldanha entusiasmado pela bravura da tropa, recebeu e encaminhou-os para as frente da Vila Queimada, Pedreira, Lavrinha e Queluz, onde a guerra era mais violenta.

Durante a luta, todas as missões em que o soldado simonense participou, deu mostra da sua coragem, da sua valentia, sendo alguns casos como o do voluntário José de Santi, que foi promovido ao posto de sargento, pelo cumprimento de seus deveres nas missões que participou. A promoção do voluntário Floriano Silveira, ao posto de cabo, por bravura.

 

Quando no dia 7 de Setembro, na frente e Vila Queimada, num momento de trégua, demonstrando a sua coragem, saiu fora da trincheira para hastear a Bandeira Nacional, por ser o dia, um feriado de grande significação para todos os brasileiros, quando uma rajada de metralhadora atingiu o mastro onde ele hasteava o pavilhão, enfurecido gritou ao inimigo, para que baixasse a alça de mira, porque ali estava um paulista que lutava pelo bem do Brasil. Assim todos desempenharam galhardamente o seu papel, cooperando decididamente para que a vitória fosse nossa. 

No decorrer dos vários combates, dois voluntários foram feridos sem gravidade: Assur Bitencourt e Eduardo Reinhardt, baixaram hospital, mas logo depois de recuperados retornaram a frente da luta.

Na retaguarda os membros da Sociedade MMDC, auxiliados pelo Batalhão Feminino, angariavam fundos, alimentos e medicamentos, para dar cobertura àqueles que lutavam.

Outros simonenses ocupavam postos chaves da administração pública, zelando pela segurança da cidade. Todos trabalharam unidos pelo bem de São Paulo e pela grandeza do Brasil.

Outros simonenses ocupavam postos chaves da administração pública, zelando pela segurança da cidade. Todos trabalharam unidos pelo bem de São Paulo e pela grandeza do Brasil.

Alem dos simonenses que partiram junto ao Batalhão de Voluntários, outros lutaram incorporados às tropas da Força Pública e às tropas do Exercito, onde estavam servindo, e muitos ainda alistaram-se como voluntários, nas cidades, onde na ocasião estavam trabalhando.

Durante a campanha, de 9 de Julho à 28 de Setembro, São Simão perdeu dois filhos queridos, mortos em combate, na defesa da Constituição: Aristoteles de Abreu Patrony e João Francisco.

No fim do mês de Setembro de 1932, conhecemos a dor da derrota, sofremos, choramos, os nossos voluntários aos poucos foram voltando para o convívio dos seus, tristes, sem saber explicar o motivo daquela derrota, mas no fundo todos nós sabíamos: São Paulo não podia vencer todo Brasil, principalmente a traição e a covardia de alguns políticos, tivemos que resignarmos.

São Paulo lutou durante três meses, e durante todo esse tempo São Simão esteve firme, dando tudo que tinha de si, apoio moral, material, financeiro e humano, nossos jovens formaram uma tropa disciplinada e eficiente, que encheu de orgulho o seu Comandante, o Cap. Reynaldo Ramos Saldanha da Gama.

São Paulo foi vencido pelas armas, mas o seu grito de alerta foi ouvido, o fogo das trincheiras, as privações de toda sorte que sofremos, as vidas dos nossos irmãos, não foram inúteis, porque, pouco tempo depois, à 16 de Julho de 1934 , a Constituição dos Estados Unidos do Brasil, pela qual havíamos lutado, foi assinada. Finalmente São Paulo saiu Vitorioso, caímos de pé.

 

Essa brilhante página da História Brasileira, “A Guerra Paulista”, continua até hoje na memória de todos simonenses, haja visto as constantes comemorações dos dias 23 de Maio, 9 de Julho e 20 de Agosto, onde notamos o civismo dos nossos estudantes, e o espírito de irmandade existente até hoje no seio dos Veteranos Simonenses.

O povo simonense acompanhou todo desenrolar dos fatos que envolviam os elementos pertencentes ao nosso Batalhão, por intermédio das correspondências enviadas pelos Voluntários: Octavio Médici, Pedro Tofoli e Hermínio Ceroni Filho, para serem publicadas no nosso semanário, Jornal “O Trabalho”.

 

Voluntários de São Simão

Batalhão de Voluntários de São Simão, levando como símbolo uma Bandeira Paulista, doada pelo povo simonense (Bandeira essa que se encontra no Museu Histórico Alaur da Matta), e tendo a sua guarda sob a responsabilidade dos seguintes jovens: ​

  • Antonio Siqueira de Abreu

  • Antonio Olimpio Nogueira

  • Antonio Borelli

  • Álvaro de Barros

  • Alexandre Ballerini

  • Amélio Justino Bastos

  • Arquimedes Bertoncini

  • Assur Bitencourt 

  • Caio Brandão

  • Darcy Carvalho Pinto César

  • Décio de Almeida Pinto

  • Domiciano Lima Correa

  • Duvaldo Grassman

  • Eduardo Braghetto

  • Eduardo Reinhardt

  • Edmur Aparecido Medeiros

  • Elias João Jorge

  • Eugenio T. de Andrade (Dr.)

  • Evandro Garcia Fonseca

  • Fausto Nogueira

  • Fausto Emilio Nanini (Dr.)

  • Felinto Antonio Fernandes

  • Flauzino Gonçalves dos Santos

  • Floriano Silveira (Dr.)

  • Floriano A. Soares de Souza (Dr.)

  • Francisco Guimarães Guedes

  • Hermínio Ceroni Filho

  • Hermínio Ceroni Filho

  • Itacolomy Teixeira de Andrade

  • Jayme Guimarães

  • João Honório da Silva

  • João Reinhardt

  • José Campinelli

  • ​José Zanella

  • José Barbosa dos Santos

  • José Pires de Oliveira

  • José Luiz Machado

  • José Magalhães

  • José de Santi

  • José Leitão

  • Lázaro Candido

  • Luiz Augusto Vieira

  • Luiz do Carmo Filho

  • Lúcio Fernandes

  • Manoel Lourenço

  • Mauro Jacynto de Campos

  • Martin Grassman Franco

  • Miguel René Fonseca Brasil (Dr.)

  • Milton Alves Gama

  • Octavio Médici (Dr.)

  • Olavo do Lago Judici

  • Orestes Monteiro de Carvalho Silva

  • Oswaldo de Almeida Villela

  • Paulo Nogueira

  • Paulo Louzada

  • Pedro Tofoli

  • Romeu Carramaschi

  • Roque Calmon Nabuco de Araújo

  • Roque da Silva Ferreira

  • Sebastião Faria

  • Segundo Morato

  • Suez Barros

  • Vicente Mauro Paulo Lacerda

  • Vicente de Paula Novais

  • Wilson Belém Correa

 

MARCHAI PAULISTAS 

(Marcha dos Voluntários Simonenses) 

Letra: Prof. Octavio Médici

Musica: Ovídio Ciciarelli 

1ª parte 

Bandeirantes da nova cruzada!

Paulistas da terra de glória!

Erguei-vos pela Pátria sagrada,

Que o Brasil quer a vossa vitória!

As falanges valentes, guerreiras,

De entusiasmo e ardor varonil,

Formarão destemidas Bandeiras,

Para a honra do nosso Brasil! 

 

 2ª parte 

No horizonte brilha o sol,

O sol da lei e da verdade;

E de São Paulo é o arrebol

De toda a nossa liberdade!

Piratininga! A tradição 

Dos vossos filhos corajosos

É a desejada salvação

Dos brasileiros bravos e gloriosos! 

(fanfarra) 

Marchai, paulistas! Fortes soldados da lei!

Marchai, altivos! Nosso Brasil defendei!

 

3ª parte 

Bandeirantes de valor!

Vede o nosso céu de anil!

Vossos peitos e a altivez do vosso amor,

São trincheiras da vitória do Brasil!

Bandeirantes! Para a guerra!

Em defesa da nação!

A coragem que São Paulo encerra

É de toda a nossa gente a redenção! 

Fontes: Edilson Palmieri,

Alaur da Mata (Revista comemorativa de 139º aniversário de São Simão)